Com a WRF descubra os mais belos encantos da região do Douro, com fotos magnificas, destacando, as mais diversas curiosidades sobre a região e o vinho do Porto, desde Castedo do Douro, Alijó - Vila Real, até ao Concelho de Amarante, sede da nossa rádio.
Nós contamos-lhe tudo, sobre a região e sobre o vinho tratado, desde há muitos anos, o VINHO DO PORTO.Leia até ao fim... 

Vista sobre o Douro, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

Se pensa que o Douro Vinhateiro se resume ao enoturismo está muito enganado. Para além das visitas às quintas (e incontornáveis provas de vinhos), existem várias aldeias históricas à espera de serem descobertas, soberbos trilhos pedestres, uma gastronomia riquíssima, e um sem número de miradouros que nos brindam com estonteantes vistas panorâmicas.

Vista sobre o Douro, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

É por tudo isso que conduzir pelas ziguezagueantes estradas do Douro Vinhateiro, fazer um cruzeiro pelas águas plácidas do rio Douro, ou percorrer a icónica linha do Douro num comboio histórico, são das melhores experiências que se podem viver em Portugal. 

Foto: Jorge Sousa

Para além dos principais pontos de interesse do Douro Vinhateiro, vai encontrar também muitas dicas práticas e sugestões de atividades para que possa desfrutar ao máximo de um fim-de-semana prolongado ou de uma escapadinha pelo Douro Vinhateiro. 

Vista sobre o Douro, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

O Douro Vinhateiro, com os seus fotogénicos e mundialmente famosos socalcos, é não só uma obra-prima da natureza, mas também fruto do esforço e da energia despendida pelo homem na sua transformação. É nas encostas da região vinícola mais antiga do mundo que se produz o vinho do Porto, uma das maiores bandeiras de Portugal em todo o mundo. 

Oliveiras sobre o rio Douro, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

Mas se é o vinho que lhe dá a fama, foram as arrebatadoras paisagens e genuinidade das suas gentes que nos conquistaram o coração. Como disse, e muito bem, Miguel Torga, o Douro Vinhateiro é dono e senhor de uma singular paisagem. Nós já calcorreamos algum mundo e, honestamente, ainda não vimos nada que se lhe compare. Por isso, foi sem surpresa que, em 2001, vimos a UNESCO classificar o Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da Humanidade. 

Vista sobre o Douro, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

A época das vindimas (setembro e outubro) é a altura do ano em que mais pessoas visitam o Douro Vinhateiro. E não é de todo difícil perceber porquê. Para além das maravilhosas cores outonais, que pintam o vale do Douro de inúmeros tons de amarelo, laranja e vermelho, a maioria das quintas oferecem interessantes programas em que o visitante tem a possibilidade de participar na tradicional apanha e pisa da uva nos lagares. 

Foto: Orlando Pimentel

Mas se o outono é rei no Vale do Douro, a primavera é rainha. Ver as vinhas após o abrolhamento dos rebentos, a cobrir de verde as empinadas encostas durienses, é um cenário igualmente brutal. E na zona de Foz Côa tem ainda o (enorme) brinde que é ver as amendoeiras em flor. 

Vista sobre o Douro, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

No verão, o calor aperta (e bastante), mas para desfrutar das praias fluviais e dos inúmeros desportos aquáticos que o Douro (e respetivos afluentes) possibilita, não encontra melhor estação. 

Vista sobre o Rio Douro, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

O inverno é por norma frio e chuvoso, mas se quiser fazer uma escapadinha romântica com a sua cara-metade, encontra nas Quintas do Douro as condições perfeitas para um fim-de-semana apaixonante (e aconchegante) rodeado de natureza. 

Laranjeira com fruto, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

OS ENCANTOS DA REGIÃO DO DOURO

O Douro está na moda e é falado nos quatro cantos do mundo. Cheio de peculiaridades, curiosidades e segredos, é um dos tesouros mais orgulhosos dos Portugueses. Com artigos, fotografias e notícias a sair diariamente sobre a Região, é impossível não conhecer já minimamente a beleza única das incríveis paisagens durienses. 

Vista do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, Lamego

Vista sobre o Rio Tua, em miradouro do Ujo, São Mamede de Ribatua, Alijó

Fotos: Orlando Pimentel


A Região do Douro é a mais antiga Região Demarcada do mundo. Este registo tem origem na delimitação territorial de 1756, ordenada pelo célebre Marquês de Pombal, data da primeira demarcação das “Vinhas do Alto Douro”, que definiu mundialmente o primeiro modelo institucional de organização de uma região vinícola. Depois desta, muitas outras seguiram o exemplo. Esta delimitação permitia, assim, garantir a qualidade e autenticidade dos vinhos do Vale do Douro.

O VINHO DO PORTO 

Lágrima: Vinho branco que pode ser seco, doce ou muito doce, chega ao mercado depois de três anos de estágio. Os vinhos produzidos a partir de castas tintas distinguem pelo processo de envelhecimento, pode ser através de um processo de envelhecimento durante décadas em garrafas ou em cascos de madeira, os que seguem este último processo podem ser:

Ruby: Chegam ao mercado geralmente com a idade de três anos.

Tawny: Envelhecem geralmente 5 anos em cascos de carvalho antes de chegar a garrafa, dentro deste existem os Tawnies com indicação de idade e os Tawnies com indicação da data de colheita.

Estilo Vintage: Pode ser bebido logo após o engarrafamento.

Crusted Envelhecido em casco durante 2 ou 3 anos, posteriormente passa ainda 3 / 4 anos em garrafa antes de ser consumido. Para além dos vinhos amadurecidos em cascos de madeira, o vinho do Porto pode ainda ser envelhecido em garrafa, através deste método criam-se as qualidades superiores do vinho do Porto como:

Late Bottled Vintage: Vinho que resulta apenas de colheitas de boas qualidades, passa entre 4 a 6 anos em cascos antes de ser engarrafado.

Vintage: Nem todas as vindimas os podem gerar pois são resultado de uma reunião de excecionais condições climáticas que permitem maturações ideais para criação máxima das vinhas do Douro.

Caminho de Ferro, em Merouço, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

Na região encontram-se vestígios de fixação humana inscritos em xisto. Estes vestígios podem ser encontrados em cerca de 500 rochas do Vale do Côa, sendo considerados as primeiras grandes manifestações artísticas conhecidas e constituindo-se como o maior conjunto Mundial de arte Paleolítica de ar livre. Foi declarado Património Mundial em 1998. Esta região concentra, ainda, abundantes vestígios do Neolítico à Idade do Ferro como monumentos megalíticos, esculturas zoomórficas e pinturas rupestres. 

Ponte sobre o rio Tua, da autoria de Edgar Cardoso, une os Concelhos de Alijó e Carrazeda de Ansiães

Foto: Jorge Sousa

Vista sobre o Douro, desde Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

Quando se fala de vinho, o Vale do Douro não precisa de muita introdução. Afinal, é a região vinícola demarcada mais antiga do mundo, particularmente famosa pela produção do Vinho do Porto, único no mundo, além de vários outros tintos premiados mundialmente. Este é o único lugar em todo o mundo onde é possível produzir o verdadeiro Vinho do Porto. E que melhor do que tomar um copo de um Tawny de 20 anos ou um espetacular Porto Vintage com vista para as belas vinhas onde nasceram? Tente e verá que as palavras são desnecessárias… 

In thebestportugal.com

Fotos: Jorge Sousa

Casas de Merouço, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

O Alto Douro Vinhateiro é uma zona particularmente representativa da paisagem que caracteriza a vasta Região Demarcada do Douro, a mais antiga região vitícola regulamentada do mundo.

Foto: Orlando Pimentel

Merouço, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

A pedra predominante na região do Douro é o xisto, uma rocha metamórfica fortemente laminada. Esta característica é comumente conhecida. Contudo, poucas pessoas sabem que é um dos principais factores para a produção de vinhos mundialmente apreciados. Sendo rico em nutrientes, este solo tem, também, a útil propriedade de retenção de água. Esta pedra consegue reter uma determinada quantidade de humidade suficiente para permitir à videira sobreviver nas condições áridas que prevalecem na maior parte do Verão. 

Merouço, Castedo Alijó

Foto: Orlando Pimentel

Há certos mistérios que rodeiam o Vale do Douro, que até o mais conhecedor da Região pode não conhecer. A paisagem cultural do Alto Douro combina a Natureza monumental do vale do rio Douro, feito de encostas íngremes e solos pobres e acidentados, com a acção ancestral e contínua do Homem, adaptando o espaço às necessidades agrícolas de tipo mediterrâneo que a região suporta. 

O Vinho do Porto é um vinho licoroso, produzido na Região Demarcada do Douro, sob condições peculiares derivadas de fatores naturais e humanos. O processo de fabrico, baseado na tradição, inclui a paragem da fermentação do mosto pela adição de aguardente vínica, a lotação de vinhos e o envelhecimento. Wikipédia 

Foto: Orlando Pimentel

Lama do Lagar, Castedo, Alijó

Foto: Altino Vasques

Reza a História que D. Antónia Adelaide Ferreira, uma das maiores proprietárias vinhateiras do Douro, também conhecida como “A Ferreirinha”, salvou-se de um trágico acidente de Barco Rabelo, uma vez que as grandes saias de balão que então vestia a fizeram flutuar até à margem do Rio Douro. Esse acidente ocorreu em 1861 quando a embarcação se virou no Cachão da Valeira. Aliás, a bordo seguia igualmente o conhecido Barão de Forrester que não teve a mesma sorte. Foi arrastado para o fundo do Rio Douro devido ao grande cinto de cabedal que sempre envergava atulhado de libras de ouro. Diz-se, também, que nesse dia teria calçado grande botas pretas, que chegavam ao cimo da anca, e tudo seria ouro escondido. O seu corpo perdeu-se no rio e nunca mais foi encontrado. 

Vista do TUA, desde o miradouro de Castedo, Alijó

Fotos: Jorge Sousa

Ao todo, são aproximadamente 33 mil viticultores no Douro. Contudo, a maior parte dessas pessoas só tem 1 hectare de vinha e o proprietário vende as uvas para cooperativas e outras empresas produtoras de vinho. 

O Douro e o Vinho do Porto são ricos em rituais que são autênticos espetáculos dignos de se ver. Um desses rituais é a abertura a fogo de uma garrafa antiga de Vinho do Porto Vintage, usando uma tenaz. Porquê? Bem, esta técnica começou a ser utilizada com os vinhos mais antigos da Região do Douro. Já imaginou o estado em que deve estar a rolha após largas décadas de envelhecimento do vinho numa garrafa? Pois é… Alguém teve de inventar uma técnica eficaz pois corria o risco da rolha se desfazer com a abertura comum, acabando por contaminar o requintado (e envelhecidíssimo) néctar (lembre-se que algumas garrafas podem mesmo custar milhares de euros). Esta técnica é realizada, normalmente, por um sommelier experiente e utilizada em garrafas da década de 80 para trás. Após a abertura da garrafa de Vinho do Porto, o seu conteúdo deve ser consumido rapidamente (mas isso nem precisaria de ser lembrado!). 

Rio Tua, desde o miradouro do UJO, São Mamede de Ribatua, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

Miradouro do UJO, São Mamede de Ribatua, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

A maioria dos Vinhos do Porto e Douro são blend, ou seja, misturam diversas castas, entre doces e ácidas, para encontrar um (perfeito) equilíbrio. 

Rio Tua, desde o miradouro do UJO, São Mamede de Ribatua, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

Foto: Altino Vasques

Foto: Altino Vasques

Esta relação íntima entre a atividade humana e a natureza permitiu criar um ecossistema de valor único, onde as características do terreno são aproveitadas de forma exemplar, com a modelação da paisagem em socalcos, preservando-a da erosão e permitindo o cultivo da vinha. 

O grande investimento humano nesta paisagem de singular beleza tornou possível a fixação das populações desde a longínqua ocupação romana, e dele resultou uma realidade viva e em evolução, ao mesmo tempo testemunho do passado e motor do futuro, solidamente ancorado na otimização dos recursos.

Foto: Orlando Pimentel

São várias as teorias e lendas à volta do nome do rio. Por um lado, acredita-se que vem do antigo celta, no qual “dur” ou “dubr” significava água. Contudo, por outro lado, reza a lenda que existiam pedras que rolavam e brilhavam, julgando-se ser ouro.

Mas as teorias ou lendas sobre a origem do nome não ficam por aqui. Pensa-se que pode ter sido pelos detritos que eram arrastados pela enxurradas que davam ao rio uma cor amarelada, como o ouro, ou que esta designação está relacionada com a sua composição e estrutura. “Durius”, em latim, significa “duro”, que se associava aos contornos e escarpas do rio. 

Rio Douro, desde o miradouro de Castedo do Douro, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

Admite-se que a vinha tenha chegado ao território atualmente português por volta de 500 a. C., anteriormente à romanização da Península Ibérica. Os fenícios terão penetrado nos rios Guadiana e Sado e atingido o estuário do Tejo em 600 a.C., pelo que não será abusivo aceitar terem sido eles quem proporcionou o primeiro contacto com o vinho aos povos que aí habitavam. 

Um paraíso para os amantes de vinho, é uma delícia provar no Douro os diferentes tipos de vinhos do Porto ou apreciar os vinhos tranquilos robustos e solarengos. Mas a região também é rica em outros produtos deliciosos, como amêndoas, castanhas, cerejas, cogumelos selvagens e produtos regionais como azeite, mel, salsichas, enchidos de fumeiro e carnes curadas. A gastronomia Duriense combina com os seus vinhos: as refeições são fartas e saudáveis, principalmente à base de carne e caça, mas e como não poderia deixar de ser em Portugal, com a presença de muitos pratos deliciosos de peixe à sua mesa. 

A cultura da vinha foi alvo de um grande incremento na península Ibérica durante o domínio romano, o que levou o imperador Domiciano (séc. I a. C.) a ordenar o arranque de metade dos vinhedos existentes, como forma de proteção aos vinhos de Roma. 

Foto: Orlando Pimentel

Suevos, Visigodos e Muçulmanos ocuparam sucessivamente a Península após os Romanos. A vinha perpassa por todos estes reinados e atinge com alguma importância económica no dealbar da nossa nacionalidade.

Casas de Merouço, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

“Surriba”, sabe o que significa? É uma técnica agrícola através da qual se escava a terra para a amaciar. A maior manifestação desta técnica encontra-se no Douro e nos seus famosos socalcos. O Homem desde sempre sentiu necessidade de desbravar a terra duriense para a correta plantação de videiras. Os socalcos não são, assim, obra da Natureza, mas resultado perfeito da harmonia entre o suor do trabalho e as paisagens naturais. Desta forma, a limpeza e regularização do terreno permite criar condições favoráveis ao crescimento de vides, permitido a fixação das raízes e da água, mantendo a temperatura constante, e evitando a erosão. 

Rio Douro, Castedo, Alijó

Foto: Orlando Pimentel

A importância da cultura do vinho no início da nossa nacionalidade (1143) era acentuada na região e evidenciou-se esta certeza através dos inúmeros forais concedidos no decorrer dos tempos a várias vilas situadas nas margens do rio Douro, onde é referida a obrigatoriedade dos habitantes pagarem uma contribuição em vinho. 

Foto: Orlando Pimentel

Rio Douro, Castedo, Alijó

Foto: Altino Vasques

A partir do século XIV há notícias seguras da exportação de vinho. D. Fernando (1367) obtém as principais receitas para os cofres do Estado através dos impostos sobre a sua exportação. Dada a fama do vinho português, as exportações começaram a surgir e a serem muito importantes para a época. Eram feitas principalmente para França. 

Foto: Altino Vasques

O rio servia de ligação entre a região do Douro e o Porto, muito útil, por exemplo, no transporte do vinho do Porto para o seu processo de envelhecimento em Gaia. Nesta altura, em que não existiam caminhos de ferro, a percurso fluvial era a única opção. Contudo, era extremamente perigoso devido às inúmeras rochas e pedras submersas. Havia apenas um pequeno barco de madeira capaz de executar o percurso, o barco rabelo (daí a tradição que hoje conhecemos dos barcos rabelos e do transporte do vinho do Porto).Para além disso, o rio Douro oferecia uma maior abundância de peixe, o que, naturalmente, ajudou muitas famílias a ter alimento e emprego.

Castedo, Alijó

Fotos: Jorge Sousa

Como é feito o Vinho do Porto

"O Vinho do Porto inicia a sua vida quase da mesma forma que os outros vinhos. 

Em meados de Setembro, as uvas são vindimadas à mão. O vinho do Porto é feito a partir de uma ampla variedade de castas tradicionais, a maioria delas nativas da região do Douro. Raramente encontradas noutros lugares, estas castas são perfeitamente adequadas às condições quentes e áridas do Douro, sendo a origem de grande parte do caráter único e distinto do vinho do Porto. As castas tintas mais conhecidas incluem a Touriga Franca, a Touriga Nacional, a Tinta Roriz, a Tinta Barroca, a Tinta Amarela e a Tinto Cão, mas no total existem cerca de trinta variedades de uva de vinho do Porto. A maioria destas castas dá cachos de bagos relativamente pequenos e de pele grossa, os quais produzem o denso e concentrado mosto (sumo de uva) necessário para fazer o vinho do Porto. 

Apesar de poderem ser plantadas separadamente, as diferentes castas são normalmente vindimadas e fermentadas juntas. Cada casta contribui com o seu caráter particular – tais como os intensos sabores a frutos do bosque, os delicados aromas florais, as exóticas notas a especiarias ou os aromas silvestres e resinosos da esteva – para o nariz do vinho. As castas trabalham juntas, como instrumentos numa orquestra, para criar uma harmonia subtil, complexa e multidimensional. 

Uma vez vindimadas, as uvas são transportadas para a adega. Nas propriedades da Taylor´s, o transporte é feito utilizando caixas pequenas para garantir que as uvas se mantêm em perfeitas condições. À chegada à adega, as uvas são avaliadas pelo enólogo e inspecionadas num tapete de escolha antes de serem desengaçadas. No processo tradicional, que continua a ser utilizado para fazer os vinhos das próprias quintas da Taylor´s, as uvas são depois colocadas em grandes tanques de granito chamados "lagares”, onde são pisadas a pé.

A primeira etapa da pisa a pé denomina-se "corte” e consiste em esmagar as uvas, que nesta fase ainda são relativamente sólidas, para assim libertar o sumo e a polpa das peles. Durante esta etapa inicial, os pisadores unem-se, formando uma linha cerrada e, ombro com ombro, avançam muito lentamente por todo o lagar, pisando metodicamente e em uníssono, para assegurar que todas as uvas são completamente esmagadas. Quando o "corte” tiver sido concluído, começa a segunda etapa, chamada "liberdade”. Os pisadores agora trabalham individualmente, movendo-se livremente por todo o lagar, assegurando que as peles das uvas são mantidas submersas sob a superfície do mosto. Depois de algumas horas tem início a fermentação. O calor e o álcool que esta produz começam a libertar a cor, os taninos e os aromas das peles, permitindo-lhes diluírem-se no vinho em fermentação. A pisa, por vezes, é complementada pelo uso de êmbolos compridos de madeira, chamados "macacos”, os quais são usados para empurrar as peles para baixo da superfície do vinho. 

Esta fase do processo é essencial para a elaboração do vinho do Porto de qualidade. Pesquisas realizadas pela equipa de produção da Taylor´s demonstraram que, apesar de dispendiosa e laboriosa, a pisa a pé continua a ser a melhor forma de alcançar uma extração suave mas, ao mesmo tempo, total, produzindo vinhos com estrutura, profundidade de sabor e equilíbrio. No entanto, resultados semelhantes foram alcançados por sistemas de extração mecânica, em particular pelos inovadores tanques de fermentação desenvolvidos pela Taylor’s e instalados na adega da empresa, situada na Quinta da Nogueira.

Quando cerca de metade do açúcar natural do sumo da uva foi transformado em álcool pela fermentação, o enólogo dá o sinal para dar início ao processo de fortificação. O pisa a pé termina e as peles começam a subir à superfície do lagar onde formam uma camada sólida. O vinho que está a fermentar sob esta camada de peles é, então, retirado do lagar e transferido para uma cuba. À medida que o vinho em fermentação é transferido para a cuba, vai lhe sendo adicionado uma aguardente vínica muito limpa e jovem. Esta bebida espirituosa neutra, incolor, com um teor alcoólico de 77%, é geralmente adicionada na proporção de aproximadamente 115 litros de aguardente por cada 435 litros de vinho em fermentação, embora esta proporção possa variar. A adição da aguardente vínica aumenta a força do vinho a um nível onde as leveduras responsáveis pela fermentação não podem sobreviver. A fermentação para antes que todo o açúcar no sumo tenha sido transformado em álcool e, assim, alguma da doçura natural da uva é preservada no vinho acabado.

A Taylor´s dá muita atenção à qualidade da aguardente que utiliza e a sua equipa de enólogos trabalha em estreita colaboração com os destiladores especializados que a fornecem para garantir que esta bebida espirituosa cumpra com os mais elevados padrões de qualidade. A qualidade da aguardente é muito importante. À medida que o vinho envelhece, a aguardente e o vinho combinam-se numa sinergia mágica que irá contribuir para a complexidade subtil do vinho do Porto maduro.

Após as vindimas, o vinho permanece na adega no Douro, onde repousa até à primavera do ano seguinte, altura em que é transportado para as caves da empresa em Vila Nova de Gaia para envelhecer, ser loteado e engarrafado. No caso da Taylor’s, alguns vinhos podem ser levados para os seus novos armazéns de envelhecimento na Quinta da Nogueira, no Douro. Em tempos antigos o vinho do Porto iria viajar ao longo do rio Douro para a costa em barcos especiais conhecidos por barcos rabelos mas hoje em dia é transportado por estrada.

Antes de ser levado para as caves, cada vinho é avaliado, decidindo-se a qual estilo de vinho do Porto será destinado. O vinho será então colocado em cascos ou cubas, conforme o caso, para começar o seu processo de envelhecimento. O vinho do Porto, por ser fortificado e ter notável potencial de envelhecimento e longevidade, pode permanecer em madeira por muito mais tempo do que a maioria dos outros vinhos. Isso significa que pode ser envelhecido de diferentes formas e por diferentes períodos para produzir uma ampla gama de estilos. Esta variedade de estilos é um dos aspetos mais fascinantes do vinho do Porto, tornando-o um dos vinhos mais diversificados e adaptáveis"

In taylor.pt


Vista sobre o Rio Tua, Alijó

Foto: Jorge Sousa

Os ingleses têm um papel preponderante no nosso comércio de vinhos a partir do século XVI, exportando de Caminha. No século seguinte, instalam-se no Porto para exportarem através da barra do Douro os vinhos de Lamego, de Riba Douro e de Cima Douro como eram então designados os vinhos oriundos do Douro. Em 1675, Ribeiro de Macedo refere-se a vinhos com denominação de Vinho do Porto e passados 3 anos há registo alfandegário da primeira exportação desse vinho pela barra do Douro. 

São aproximadamente 100 as castas certificadas pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto – IVDP para a produção de vinhos do Douro e Porto. 

A Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, surge em 1756, justificada pela concorrência na Inglaterra dos vinhos de outras regiões portuguesas, pelo desenvolvimento do comércio vinícola com as colónias (Brasil em especial), o que estimulava intensamente a cultura da vinha na metrópole, pela crise de produção de 1750-1755, pela preocupação de arrancar os vinhos do Douro ao controle dos mercadores ingleses e pela defesa da integridade dos seus dotes como bebida. 

Vista sobre o rio Douro, junto ao Tua

Foto: Jorge Sousa

Foi feito um desenho da região onde foram assinalados os limites das zonas autorizadas a produzir vinho de feitoria (o de melhor qualidade que servia para exportação). Estava desta forma demarcada a primeira região vitícola do Mundo. Muitos países, nomeadamente do centro da Europa, reclamam a existência de zonas perfeitamente identificadas como sendo produtoras de vinhos com características especiais. A reclamação poderá ser justa, mas a primeira demarcação, que incluía uma classificação das parcelas de vinha e uma hierarquização dos vinhos produzidos foi feita, de facto, no Douro. 

Tua, Carrazeda de Ansiães

Foto: Jorge Sousa

O oídio, a filoxera e o míldio, deram origem a uma completa reorganização fundiária no Douro. O facto de a filoxera ter destruído os vinhedos franceses antes dos portugueses fez com que os nossos vinhos (os do Douro e de outras regiões do país) não tivessem dificuldades em encontrar comprador. Tanta gente a querer comprar e o vinho de qualidade a rarear teve como consequência a adulteração do produto, a mistura de vinhos do Sul vendidos como vinhos do Porto, a utilização de álcool em vez de aguardente. Ao chegar aos finais do século XIX, as exportações estão a níveis elevadíssimos, aproximando-se das 100 mil pipas. 

As grandes mudanças vão dar-se a nível social e na relação entre os grupos sociais e a terra. É que, a partir da filoxera e do enorme abandono que se vai verificar em seguida, tornou-se claro que havia novos grupos com poder económico para fazerem investimentos no Douro. Várias quintas mudam então de mão, há novas plantações a serem feitas e há novos interesses no Douro. Muitas firmas anteriormente ligadas à exportação começam a investir em propriedades no Douro e a burguesia portuense começa a interessar-se pelas vinhas durienses. 

Foto: Orlando Pimentel

Um monumento à história do vinho no mundo também é o Pinhão. Esta bonita Vila situada junto ao rio, com a sua estação ferroviária de azulejos azuis e a ponte em arco feita de ferro, é um epicentro da produção de vinho e de algumas das quintas mais conhecidas do Douro. 

Foto: Orlando Pimentel

Agora que já leu... diga lá!! Esta é a região mais nobre e linda que já conheceu.Visite e descubra por si...

AMARANTE ESSÊNCIA PURA - HORTA DA MICAS

As melhores ameixas - ou abrunhos??

As árvores da ameixa verde são cientificamente denominadas prunus domestica. A fruta ameixa verde é identificada pela sua forma redonda ovalada e carne verde pálida de textura lisa; elas são em média menores que as ameixas redondas, mas maiores que as ameixas mirabelle (geralmente entre 2 e 4 cm de diâmetro).

A cor varia de verde a amarelada, com um “blush” azul claro em algumas cultivares. Ameixas verdes são cultivadas em áreas temperadas e são conhecidas pelo sabor rico de confeitaria. Elas são considerados entre as melhores ameixas de sobremesa. E no máximo existem 46 calorias em ameixas verdes, mesmo que geralmente as que atingem esse número de calorias pesem 100 gramas.

As melhores peras...

As peras são frutas que se destacam pelo sabor doce e suave. Bastante fáceis de serem encontradas nos supermercados e feiras, elas normalmente possuem cascas que variam entre as tonalidades verde e amarela e com uma polpa branca e macia. No Brasil, elas são cultivadas desde o período colonial e estima-se que existam mais de três mil espécies em todo o mundo.

O melhor limão

O limão é uma fruta cítrica que, além de muita vitamina C, é um excelente antioxidante e rico em fibras solúveis que ajudam a diminuir o apetite e regular o intestino, sendo muito utilizado para temperar peixes, mariscos e frango. Além disso, a casca do limão e suas folhas contêm óleos essenciais que proporcionam o seu cheiro característico e podem ser usadas para fazer chá. 

A melhor laranja

A laranja é uma das maiores representantes das frutas cítricas. Seu sabor costuma ser doce ou levemente ácido (mais azedo), de acordo com o tipo da laranja. Além de ser rica em vitamina C, a fruta possui flavonoides e diversos nutrientes importantes para prevenir doenças e deixar o organismo mais resistente.

A melhor maçã

Uma maçã por dia mantém você longe do médico. Esse provérbio inglês resume bem o que o alimento proporciona para o organismo. A maçã é uma fruta de origem asiática e há mais de sete mil espécies diferentes, cada uma com características específicas, mas com propriedades nutricionais semelhantes. Saborosa e prática de carregar, ela possui nutrientes importantes que estimulam o corpo a prevenir doenças.

O melhor tomate

O tomate é uma fruta, apesar de normalmente ser usado como legume em saladas e pratos quentes. Seu nome científico é Lycopersicum esculentum L e é uma fruta rica em vitamina C, A, K, potássio e licopeno, que é um potente antioxidante.

O tomate possui propriedades diuréticas, anti-inflamatórias e antioxidantes e possui vários benefícios para a saúde, podendo prevenir o desenvolvimento de doenças como câncer de próstata, infarto do miocárdio e osteoporose.


As melhores uvas

A uva é o fruto da videira, uma planta da família das Vitaceae. É utilizada frequentemente para produzir sumo, doce, vinho e passas, podendo também ser consumida ao natural. 

A melhor alface

Alface é uma hortense anual ou bienal, utilizada na alimentação humana desde cerca de 500 a.C.. Originária do Leste do Mediterrâneo, é mundialmente cultivada para o consumo em saladas, com inúmeras variedades de folhas, cores, formas, tamanhos e texturas. 

O melhor feijão

Feijão é um nome comum para uma grande variedade de sementes de plantas de alguns gêneros da família Fabaceae. Proporciona nutrientes essenciais como proteínas, ferro, cálcio, vitaminas, carboidratos e fibras. 

A melhor couve

A couve é um vegetal que pertence à família Brassicaceae, assim como o brócolis, o repolho e a couve-flor e, por ser rico em vitamina C, vitamina A, fibras, antioxidantes e minerais como potássio, cálcio e ferro, ajudam a prevenir e tratar doenças como anemia, cancro e pressão alta. 

Os melhores alhos 

São designadas como alho algumas plantas do género Allium, embora o termo se aplique especificamente ao Allium sativum, uma planta perene cujo bolbo, composto por folhas escamiformes, é comestível e usado tanto como tempero como para fins medicinais. 

As melhores cebolas

Cebola é o nome popular da planta cujo nome científico é Allium cepa. Em sistemas taxonómicos mais antigos, pertencia à família das Liliáceas e subfamília das alioídeas - taxonomistas mais recentes incluem-na na família das Amaryllidaceae.